Stanford University e o Vale do Silício!

Blog Português (Brasil) Empreendedorismo Silicon Valley Startups Inovadoras

Que o Vale do Silício é o maior polo de inovação e tecnologia do mundo, todos sabem. Mas o que pouca gente conhece é a origem de todas essas mentes multimilionárias: a Universidade de Stanford.

É claro que outros fatores convergem para a formação de grandes empreendedores e o surgimento de bons negócios, mas a instituição de ensino tem um papel fundamental em toda essa história, não apenas por ser um local de estudos.

O diálogo entre academia e indústria tem se tornado cada vez mais importante atualmente. É impossível separar ambos e a excelência em educação faz toda a diferença quando olhamos o passado de muitos empreendedores de sucesso. Por este motivo, vale a pena olhar com mais carinho para aquilo que essa reconhecida universidade acrescentou nessa trajetória de tanto sucesso.

Ficou interessado? Então entenda melhor neste artigo como a instituição e o Vale se relacionam e porque esse contrato é tão importante.

Como tudo começou?

Em primeiro lugar, é fundamental entender como a Universidade de Stanford se tornou uma espécie de cérebro do Vale do Silício. Tudo começou com Leland Stanford, que no ano de 1852 se mostrou visionário durante a corrida do ouro. Ele se mudou de Nova York para Eldorado, na Califórnia, onde sua família já atuava em uma empresa própria de equipamentos para mineração do metal precioso.

Nos anos seguintes, o empreendedor adquiriu extremo reconhecimento através de seu trabalho. Ele ingressou na construção de ferrovias e demonstrava sede de conhecimento, uma vez que era interessado por máquinas, pela tecnologia da época e pelos estudos, tanto de idiomas quanto de matemática. E investia em tudo isso, com bastante dedicação em aulas com professores particulares.

Durante as décadas seguintes, Leland e Jane, sua esposa, criaram um retiro no campo para criação de cavalos. Enriqueceram, mas a prosperidade sofreu um baque quando o filho do casal faleceu, vítima da febre tifoide. A partir desse momento, os pais decidiram aplicar seu dinheiro apenas em ações filantrópicas. O presidente da Universidade de Harvard a época, Charles Eliot, comovido, sugeriu então a criação de uma nova instituição de ensino superior. A Universidade de Stanford, então, abriu as portas em outubro de 1891 para 555 alunos e 15 professores.

Quando a Universidade de Stanford passou a influenciar o Vale do Silício?

Como foi possível perceber, a Universidade de Stanford surgiu de uma mente naturalmente empreendedora, que se encontrou diante de uma situação de desafio pessoal. Não passou muito tempo e vários docentes de renome ao redor do mundo conheceram sua história e passaram a lecionar por lá também.

Em 1925, Frederick Terman se tornou responsável pela Escola de Engenharia da instituição e, em 1955, foi nomeado seu reitor. Devido a esse fator, a cultura empreendedora começou a ser ainda mais incentivada e fomentada no local. Em pouco tempo, sua figura de mente inovadora impôs sem pressões um ecossistema voltado para negócios, que alguns anos depois se tornou a base de formação do Vale do Silício.

Terman estimulava corpo docente e discente a montarem suas próprias empresas, mesmo enquanto estudavam, ao invés de ingressarem somente na carreira acadêmica. Com isso, desenvolveu laços firmes entre academia e indústria, pois os negócios começaram a se firmar na região com muita rapidez e assertividade.

O que mais faz com que a instituição se destaque?

Terman também incentivava professores a exercer e compartilhar seu conhecimento em consultorias pagas para as organizações que até então ainda se estruturavam no Vale do Silício. Em sua opinião, isso ajudaria os profissionais a se manterem sempre atualizados a respeito do mercado e do comportamento das empresas, para facilitar o ensino dessa realidade aos alunos, bem como as pesquisas no setor.

Essa estratégia é hoje considerada a mais importante contribuição da Universidade de Stanford para o Vale. Através dela, finalmente se firmou o conceito de colaboração e, principalmente, de inovação. Hoje, quase seis mil empresas foram construídas e desenvolvidas com base nesses conceitos diferenciados, que ao invés de dividir a comunidade, fez com que ela se unisse ainda mais.

Os alunos que se dedicaram a pesquisas em Stanford são hoje responsáveis pelo sucesso de grandes empresas globais. Cisco, eBay, HP, Google, Netflix e Tesla Motors são apenas alguns dos bons exemplos que podem ser citados aqui. E a tendência, é claro, é que surjam ainda mais nomes nesse cenário dentro de pouquíssimos anos, uma vez que os investidores estão de olho em cada passo dos profissionais atuantes na região e mais: nos estudantes que se destacam dentro da universidade também.

E que lições devemos tirar dessa história?

É inegável que a junção das mentes de Leland Stanford e Frederick Terman tenham transformado a Universidade de Stanford em uma universidade de ponta, base firme de tudo o que acontece até então dentro do Vale do Silício. Embora a realidade empreendedora aqui no Brasil seja um pouco diferente, nada impede tirar algumas lições importantes dessa trajetória.

A mais importante é relembrar que academia e indústria precisam sempre andar de mãos dadas, seja em qual cenário for. Essa parceria é o combustível necessário para se construir um verdadeiro ambiente de inovação. Se desenvolver acadêmica, social e economicamente é indispensável para que qualquer ideia tome forma, e é por isso que as startups e empresas do Vale conseguem ir tão longe.

Porque elas entendem essa importância. Então cabe aos empreendedores jamais deixarem o investimento em educação de lado. Seja para realizar um curso fora do país, na própria Stanford ou em outras universidades da região, passar por programas de imersão ou investir em programas de pós-graduação, não importante. O ideal é apenas que esse gás seja mantido para levar cada ideia ainda mais longe.

Vale mencionar que a Universidade de Stanford é parceira do LAIOB, e você pode transformar todos esses planos em realidade. A instituição também se encontra entre as três melhores universidades do Vale do Silício, então ainda existem outras oportunidades excelentes de dar continuidade a seus estudos. Conheça o que cada uma delas oferece e descubra qual caminho é o melhor para você seguir. Boa sorte!