O que está por trás da história de sucesso do Netflix

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A Netflix tem uma história de sucesso marcante na trajetória de desenvolvimento da tecnologia e da televisão. O que começou como um serviço de aluguel de DVD por correio agora gera uma série de produções premiadas,

disponibiliza mais de 100 milhões de horas de conteúdo de inúmeros gêneros em streaming e praticamente redefine o que significa assistir e criar TV, em uma evolução constante desde o ano de 2015.

Embora o CEO e fundador Reed Hastings seja um membro proeminente da comunidade de tecnologia do Vale do Silício, ele é bastante evasivo para o público em geral. Contudo, seu perfil de empreendedor discreto não é suficiente para esconder dos olhos do público tudo o que a Netflix já conquistou e que inspira outras empresas até mesmo no modo de construir seu ambiente de trabalho e proporcionar benefícios a seus colaboradores. O mundo, sem dúvida alguma, é outro depois do surgimento dessa empresa exemplar.

Quer saber em detalhes tudo o que a companhia enfrentou até chegar ao patamar em que se encontra hoje? Neste artigo, você descobre. Vamos lá?

Como a Netflix surgiu: 1997 e 1998

A história de sucesso da Netflix começa em 1997, quando Reed Hastings e Marc Randolph tiveram a ideia em uma viagem. Eles já eram empreendedores consolidadas nessa época, em grande atividade no Vale do Silício. A princípio, Hastings aplicou US $ 2,5 milhões em dinheiro para dar um start na empresa. Enquanto isso, Randolph se inspirava na Amazon para encontrar o modelo de negócio ideal.

No começo, cogitaram alugar VHS, mas decidiram que o material era muito frágil para tanto transporte, além de ser muito pesado. Mas nesse meio tempo, a popularização do DVD se instaurou nos Estados Unidos e eles enxergaram ali uma ótima oportunidade de evoluir sua proposta para um material mais compacto e com altas chances de dar certo. A primeira loja Netflix foi inaugurada em 1998, com 30 funcionários e 925 títulos disponíveis, quase todo o catálogo em DVD da época.

Taxa de filiação e crescimento inicial: 1999 a 2003

Em setembro de 1999, a Netflix decidiu implementar uma assinatura de aluguel mensal em seus serviços. Em 2000, os clientes já não podiam mais alugar DVDs únicos e foi a partir disso que a empresa firmou sua reputação em um modelo de negócios com taxa fixa. Não havia datas de vencimento, atrasos e taxas extras, o que agradou bastante o público.

Neste ano, 30.000 assinantes já faziam parte do programa, mas o serviço postal americano fazia com que eles perdessem muito dinheiro. Uma tentativa de parceria em contrato com a Blockbuster tentou ser firmada, mas no fim não deu certo, porque não era compensatório para a Netflix. O primeiro obstáculo surgiu e foi aí que uma oferta inicial foi divulgada para que ela se estabelecesse. Apenas em 2003 boas ações foram vendidas e a empresa conseguiu obter seu primeiro lucro. Quase 1 milhão de DVDs eram distribuídos todos os dias.

Expansão global: 2005 a 2014

Por algum tempo, a Netflix cogitou oferecer filmes online, mas desistiu porque a banda larga não era boa o suficiente na época. O surgimento do YouTube nesse meio tempo também deu uma desanimada nessa ideia, que ficou encostada por mais alguns anos. No mesmo período, porém, Netflix desenvolveu e mantém um extenso sistema personalizado de recomendação de vídeos baseado em classificações e revisões de seus clientes.

Em fevereiro de 2007, a empresa começou a se afastar de seu modelo original de negócios de DVDs, introduzindo vídeo sob demanda via internet. O streaming entrou em vigor mais tarde nesse mesmo ano e o sistema da Netflix abrigava cerca de 20 mil títulos. Em janeiro de 2013, a Netflix informou que havia adicionado dois milhões de clientes nos Estados Unidos durante o quarto trimestre de 2012, com um total de 27,1 milhões de clientes de streaming nos Estados Unidos e 29,4 milhões de clientes de streaming no total. Em setembro de 2014, a Netflix tinha assinantes em mais de 40 países, com a intenção de expandir seus serviços ainda em países não alcançados.

Domínio do mercado, crescimento contínuo e produção de conteúdos originais: 2016 a 2018

A história de sucesso da Netflix também inclui algumas conquistas muito especiais. Antes dessa data, a empresa já se arriscava na produção de conteúdos próprios, mas a partir de 2016 se consolidou de vez. Também em janeiro de 2016, a Netflix anunciou que começaria a bloquear redes privadas virtuais ou VPNs.

Ao mesmo tempo, informou 74,8 milhões de assinantes e previu que adicionaria 6,1 milhões a mais até março de 2016. O crescimento da assinatura foi impulsionado por sua expansão global.  Até o final do ano, a Netflix adicionou um recurso para permitir que os clientes baixassem e reproduzissem filmes e programas selecionados enquanto estavam offline.

Já em 2017, a Netflix assinou contrato de publicação de músicas com a BMG Rights Managements e se aproximou dos 100 milhões de assinantes. Em abril desse ano, começou a atuar na China, um país fechado que antes jamais permitiria essa entrada. 2018 começou com uma alta nunca antes vista nas ações da organização e várias parcerias foram fechadas com escritores e roteiristas renomados, como Harlan Coben e Shonda Rhymes para mais produções próprias. Parcerias com estúdios e produtoras também foram fechadas para fomentar esses projetos e aumentar a qualidade de todo o trabalho.

O futuro da companhia é próspero. Além do incrível modelo de negócios implementado e da capacidade de identificar as necessidades de mercado sem deixar de pensar no consumidor, a Netflix reforça sua história de sucesso ao implementar também um modelo de gestão inovador, em que funcionários não precisam se prender a hierarquias e tem total liberdade criativa. Essa questão é vista como uma grande revolução no universo corporativo e hoje várias outras empresas de pequeno, médio e grande porte se inspiram nessas atitudes para angariar uma jornada tão satisfatória quanto a dessa gigante.

E então, você utiliza os serviços de streaming da Netflix? O que pensa a respeito da empresa e daquilo que ela oferece? Conte um pouco sobre a sua opinião nos espaços abaixo.