Como está o cenário das criptomoedas no Brasil e no mundo?

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Não há dúvidas de que a tecnologia muda nossas vidas. Mas na última década ela tem se superado para revolucionar até as práticas mais simples de nossa rotina. Agora, ela entra em cena para transformar o papel do dinheiro nas transações financeiras com as criptomoedas.

A possibilidade de fazer pagamentos de serviços e produtos com moedas digitais surgiu em 2009, com a Bitcoin criada por Satoshi Nakamoto. Hoje, mais de 2000 empresas atuam nesse mercado, que não para de crescer. Antes associadas a processos ilegais, hoje estão devidamente regulamentadas e com sistemas cada vez mais confiáveis e seguros.

Por isso, já são adotadas em todo o mundo, além do fato de que se valorizam muito mais rápido do que a moeda tradicional. Quer saber como está o panorama desse recurso no Brasil e no mundo? Então acompanhe esse artigo para descobrir!

Como os países ao redor do mundo utilizam as criptomoedas?

As criptomoedas ainda não são unanimidade em todos os países do mundo. Ainda há certa resistência em alguns lugares, principalmente por parte de governos. No entanto, há iniciativas em outros locais que incentivam seu uso e inclusive passam orientações de como investir corretamente com essas moedas digitais. Veja só o que anda sendo feito por aí quando o assunto é este.

Argentina

Na Argentina, as criptomoedas não são consideradas legalmente como dinheiro, já que não são emitidas por instituições financeiras. Por isso, não são aceitas por lá como forma de pagamento, seja de dívidas ou encargos. No entanto, em transações de cunho privado, não há qualquer proibição, pois são vistas como permuta.

Austrália

A Austrália, por sua vez, foi o primeiro país a legalizar as moedas digitais. Por este motivo, o mercado no país é bastante expressivo e ela é utilizada como se fosse dinheiro tradicional. E, por receber essa denominação, fica eximida da tributação dupla fixada na região.

Bangladesh

O Banco Central de Bangladesh é extremamente hostil em relação a criptomoedas. Quem realiza transações com elas pode ser condenado a até 12 anos de prisão. Isso reflete a cultura do país, que ainda não confia na segurança de determinadas tecnologias.

Bulgária

A Bulgária aceita as moedas digitais como pagamento. Contudo, a Agência de Receita Nacional estabeleceu uma lei específica sobre o lucro gerado pela venda das criptomoedas. Essa comercialização é taxada em até 10%.

Canadá

Em 2015, as instituições financeiras canadenses decidiram que os pagamentos em criptomoedas seriam considerados como permuta. Porém, recentemente, o sistema governamental do país anunciou que deseja atualizar essa orientação baseada da legislação determinada para lavagem de dinheiro e terrorismo.

Chile

O Chile é um dos países em que o uso de moedas digitais está mais avançado. Existe um serviço próprio de câmbio de criptomoedas, onde os usuários do recurso trocam essas moedas por pesos chilenos. Isso é um retrato fiel da pretensão do governo de transformar o país em um polo de inovação e empreendedorismo. Para tanto, tem ajustado sua legislação para coibir a lavagem de dinheiro.

China

Na China os usuários de moedas digitais também são livres para suas movimentações financeiras em qualquer criptomoeda. As instituições financeiras e as empresas, porém, são terminantemente proibidas de executar qualquer transação com essas moedas.

Dinamarca

O governo dinamarquês anunciou recentemente que todos os negócios com criptomoedas no país serão tributados normalmente. Mas, assim como a Austrália, acabaram com a dupla tributação. Então, ao realizar operações de câmbio com esse tipo de moedas, os impostos não serão cobrados mais uma vez. A Dinamarca é bastante receptiva com esse conceito e pensa em transformar parte de seu volume monetário atual em criptomoedas próprias, denominadas e-Krone.

Estados Unidos

Os Estados Unidos são um país mais complexo nessa questão. Como existem diferentes leis para cada estado, em alguns as criptomoedas ainda não são totalmente aceitas. Ainda assim, o lugar movimenta o maior volume de transações em moedas digitais em todo o mundo. Texas, Kansas, Tennessee, Carolina do Sul e Montana são as localidades responsáveis por isso. Por outro lado, Nova Iorque, New Hampshire, Connecticut, Hawaii, Georgia, Carolina do Norte, Washington e Novo México se posicionam contrários ao uso.

Japão

O Japão também sai na frente quando se trata de moedas digitais. Não há qualquer imposto em cima de seu comércio desde 2017. Agora, os bitcoins são tidos como moeda legal no país e aceitas em praticamente todos os produtos e serviços disponibilizados por lá.

República Tcheca

A República Tcheca não proibiu as criptomoedas, mas determinou que todos os usuários terão suas identidades reveladas. Isso acaba com um dos diferenciadas das moedas, que é garantir sigilo nas transações, e ainda reduz seu alcance. Impostos também são cobrados em cima de sua utilização.

E no Brasil, como anda esse cenário?

O governo brasileiro ainda não reconheceu o status de moeda das criptomoedas. Mas para combater essa decisão, muitas associações buscam fornecer respaldo para o mercado de transações, além de criar alternativas para desenvolver moedas digitais nacionais.

A Associação Brasileira de Criptoeconomia é a mais antiga e reúne as empresas de câmbio do país para chamar a atenção do poder legislativo e estabelecer leis favoráveis ao recurso. A Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain, por sua vez, tem como membros a Atlas Project e a Thera Bank, e atua com os mesmos objetivos. O diferencial desta última é seu foco em conscientizar usuários e desenvolver processos mais seguros para a utilização das criptomoedas.

Como essas associações estão cada vez mais sólidas, é provável que o mercado mude para melhor nos próximos anos. Assim, as regulamentações das criptomoedas serão mais modernas e favoráveis.

Sendo assim, se você pensa em investir em moedas digitais, é bom considerar este investimento como qualquer outro mais tradicional. É um processo especulativo, que tem riscos e que pode, por enquanto, ser perdido em partes ou em totalidade. Mas como as criptomoedas caminham junto com a tecnologia, esteja preparado para uma evolução expressiva e repentina.

E então, este post contribuiu para que você compreendesse melhor o cenário das criptomoedas no Brasil e no mundo? Se sim, compartilhe agora mesmo o artigo em suas redes sociais para que ele auxilie outras pessoas a entender mais sobre o assunto.