Existem muito mais vantagens em construir laços fortes no trabalho do que simplesmente ter alguém com quem desabafar às sextas-feiras quando a rotina está pesada. Na verdade, cercar-se de colegas que têm interesse no sucesso da empresa é o que realmente ajuda a melhorar seu conjunto de habilidades e carreira. Mas este é um conceito mais fácil de dizer do que de fato cumprir, e isso é ainda mais difícil para as mulheres.

De acordo com a Harvard Business Review, 19% dos empregados homens que trabalham em tempo integral nas grandes empresas têm o que pode ser chamado de patrocinador: ou seja, um colega de nível sênior que está ativamente interessado em ajudá-los a crescer e também a se desenvolver, enquanto apenas 13% das mulheres têm um patrocinador. De fato, não são estatísticas expressivas para ambos os sexos, mas por que isso é especialmente problemático para as mulheres?

A pergunta é muito interessante, mas tem uma resposta bastante complexa. Para saber mais a respeito dela, continue com a leitura deste post e aproveite para descobrir como as mulheres podem construir relacionamentos mais fortes no trabalho e de fato impulsionar suas carreiras!

As mulheres e a construção de relacionamentos no trabalho

Em geral, as mulheres tendem a se sentir confortáveis ​​com a construção de relacionamentos íntimos, e podem se sentir mais à vontade para demonstrar preocupação com o próximo. Em contrapartida, muitas delas hesitam em alavancar esses relacionamentos para que não pareça que são egoístas ou que seu foco está unicamente em ganhos pessoais.

Contudo, não há problema nenhum em ter amigos que também possam ajudar a impulsionar esse crescimento profissional, desde que o papel que cada um deles tem a desempenhar seja entendido durante aquela trajetória.

Patrocinadores podem ser difíceis de encontrar, simplesmente porque não há muitos colegas seniores que se encaixem nessa posição. Mas em tal contexto ainda existem os mentores, que podem ser aliados valiosos no local de trabalho. E que não só fornecem um sistema de apoio mais forte durante o horário comercial, mas contribuem também para transformar a mulher em uma colaboradora inestimável dentro da organização.

Ao se concentrar em construir esse tipo de networking, siga as dicas abaixo. Comece a quebrar seus próprios maus hábitos e aproveite ao máximo os relacionamentos no trabalho.

1. Peça ajuda, pergunte sempre e não tenha vergonha de agradecer

O simples ato de deixar alguém saber que você deseja melhorar pode colocá-la no radar de um bom mentor. E quando ele estiver atento aos seus passos, faça perguntas do tipo: “Depois da próxima reunião, você poderia me dizer se existe algo que eu poderia fazer melhor?” É importante ser específico a respeito desse feedback, de maneira a aplicar a resposta obtida, de forma correta, em seu cotidiano. Por exemplo, você pode direcionar a questão para: “Gostaria de melhorar meu desempenho em minha função. Você teria alguma ideia de como eu poderia ser mais eficaz nesse processo?”

Considere também pedir alguém para informá-la a respeito de pequenos deslizes que podem ser evitados, caso você queira se aperfeiçoar. Pergunte ao seu mentor como você se saiu em determinada operação e realmente ouça o que ele tenha a lhe dizer. Caso discorde, explique o que você pensa e estabeleça uma discussão saudável.

E nunca se esqueça de agradecer pelo retorno e ajuda, sem ter vergonha. Assim, esse feedback pode se tornar uma prática frequente, especialmente após ocasiões importantes.

2. Ofereça seu apoio em troca

Muitas vezes, as mulheres se preocupam com o fato de estarem sendo um fardo para seus mentores. Elas têm medo de ofender os outros, e sua concepção a respeito do que realmente constitui uma ofensa geralmente é diferente dos homens. Mas não cometa esse deslize. As alianças dentro da empresa são uma via de mão dupla. Só que isso não é algo ruim, pois você também pode se posicionar como um recurso para ajudar os outros.

Não relute em dizer: “Se você me ajudar nisso, encontre algo em que eu possa lhe auxiliar de volta.” Mesmo que a pessoa responda que não precisa daquela ajuda no momento, deixe o caminho aberto para que ela possa voltar a procurá-la em outra oportunidade. Deixe a sua proposta sem amarras e obrigações, com bastante naturalidade, e reforce que ela pode ser colocada em prática mesmo anos depois. Assim, você estabelece uma oferta saudável, sem ter que se preocupar em devolver favores ou preencher um tempo mínimo para realizá-la.

3. Concentre-se no aprendizado, e não na perfeição

Algumas mulheres sentem a necessidade de mostrar sua capacidade dentro da empresa, antes mesmo de construir relacionamentos que possam ajudá-las a progredir. Inicialmente, porém, o recomendado é que essa vontade de se aperfeiçoar seja deixada de lado por um momento. Só é possível se tornar especialista em suas funções depois de realizá-las durante um bom tempo.

Por isso, não há pressa. Tenha uma abordagem equilibrada e busque por esses dois objetivos ao mesmo tempo para aprender mais e melhor.

4. Pense estrategicamente, mas siga seu instinto

Identifique quais de seus colegas de trabalho podem lhe ajudar, mas lembre-se de que colocar essa estratégia em prática não faz de você uma pessoa oportunista. Ao mesmo tempo, não perca tempo em construir uma aliança com alguém que você não gosta, fazendo isso apenas por conveniência. Do contrário, as chances de exploração mútua são grandes, e essa relação pode acabar sendo prejudicial para as duas partes em um futuro próximo.

Não esqueça que você quer construir relacionamentos que a ajudem a alavancar sua carreira, e não apenas ter uma grande rede de contatos ou amigos próximos.

Enquanto você se esforça para que essas etapas se concretizem, não deixe de investir em você. Programe-se para estudar fora, saia de sua zonade conforto, evite ter dias ruins de trabalhoe explore todas as oportunidades que possam acrescentar em sua profissão. Esses também são hábitos importantes de pessoas bem-sucedidase que trazem muita bagagem para estabelecer bons relacionamentos com quem realmente tem algo em comum com você.

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Texto-base:https://www.entrepreneur.com/article/311620